Um contador de histórias daqueles!
Foto: D Dipasupil/Gettyimages |
Não há nada mais livre que a capacidade imaginativa das crianças. Liberdade que vamos perdendo na vida adulta, talvez por falta de prática ou quem sabe de incentivo. Mas basta ter um pequeno por perto que, se ficarmos atentos, veremos surgir amigos imaginários, minúsculos objetos que se transformam em grandes personagens e cenários épicos que cabem numa caixa de sapatos.
Na semana em que se comemora o Dia das Crianças, podemos recorrer àquele presente da loja de brinquedos. Mas se formos mais criativos podemos presentear as crianças e também o resto da família. Um livro de histórias infantis pode ser um grande aliado. E como a imaginação dos pequenos rebentos é grande, nem precisa ser livro ilustrado.
Contação de histórias
The Book With No Pictures (O Livro Sem Figuras), de B. J. Novak, é um ótimo exemplo. Novak é um contador de histórias de primeira, é certo. No vídeo em que divulga o livro, pode-se ver que o autor arranca gargalhadas das crianças. Mas o fato de não haver ilustrações na publicação não faz diferença. A interação contador/ouvinte é o grande truque. O adulto entrando no mundo da criança é o que faz a mágica.
Uma Clareira no Bosque
Aqueles que não levam jeito para a coisa e morrem de medo de ver as crianças bocejando no meio da história, podem aprender com uma das melhores contadoras de histórias do Sul do mundo, Gilka Giradello. No livro Uma Clareira no Bosque: contar histórias na escola, ela fala sobre os caminhos trilhados há muito tempo na arte da contação de histórias. “Quase sempre esses caminhos envolvem juntar memória e imaginação na farinha, amassar com a mão a massa dos casos, às vezes pingar uma gota de laranja pra lhes despertar o sabor, e cozinhá-los no fogo lento até que o cheiro doce se espalhe pela sala. Quando, então, será hora de passar as histórias no caramelo da voz, partir-lhes a crosta e saboreá-las aos pedaços, junto com as crianças”, explica com sua doçura habitual a autora.
Aqueles que não levam jeito para a coisa e morrem de medo de ver as crianças bocejando no meio da história, podem aprender com uma das melhores contadoras de histórias do Sul do mundo, Gilka Giradello. No livro Uma Clareira no Bosque: contar histórias na escola, ela fala sobre os caminhos trilhados há muito tempo na arte da contação de histórias. “Quase sempre esses caminhos envolvem juntar memória e imaginação na farinha, amassar com a mão a massa dos casos, às vezes pingar uma gota de laranja pra lhes despertar o sabor, e cozinhá-los no fogo lento até que o cheiro doce se espalhe pela sala. Quando, então, será hora de passar as histórias no caramelo da voz, partir-lhes a crosta e saboreá-las aos pedaços, junto com as crianças”, explica com sua doçura habitual a autora.
Em Baús e Chaves da Narração de Histórias, Gilka organizou uma cuidadosa coletânea de artigos de autores clássicos, de grandes contadores de histórias e de experientes praticantes da contação de histórias no Brasil. "O princípio organizador do livro é um pouco a canastrinha da Emília, madrinha brasileira da imaginação criadora, sempre capaz de achar entre seus badulaques aquele que serviria para resolver cada problema do momento. Nossa vontade é que cada contador e contadora de história que abra esse livro encontre ideias que lhe sirvam de tesoura-de-uma-perna-só ou de pirlimpimpim em seu trabalho”.
Pode estar aí a chave para a diversão dessa semana com os pequenos.
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