Do minilivro a Jane Eyre


O que crianças de 13 anos faziam para se distrair em 1829, na Inglaterra? Escreviam minilivros de 2,5 X 5 cm, encadernados e costurados à mão, escritos com caneta tinteiro ao longo de 12 a 16 páginas. Nem todas as crianças, lógico. Mas Charlotte Brontë e o irmão Patrick Branwell Brontë tiveram paciência e talento para tanto. E a biblioteca Houghton, da Universidade de Harvard, disponibiliza online as versões integrais de 9 volumes, dos 20 conhecidos, que foram resgatados, restaurados e digitalizados.



Charlotte Brontë tornou-se escritora, conhecida pelos romances Jane Eyre (1847), Shirley (1848) e Vilette (1853). O irmão, Branwell, tornou-se pintor e poeta. No minilivro The adventures of Mon. Edouard de Crack, Branwell já mostrava seu potencial ao ilustrar os 5 cm da capa com maestria. Não tinha a mesma precisão e delicadeza para a costura dos livros, no que Charlotte o superava com larga vantagem. 


Em tudo os minilivros dos irmãos Brontë imitavam publicações profissionais. Eles usavam pseudônimos - Lord C. Wellesley era um deles - dividiam as peças em capítulos, utilizavam sumário nas que chamavam de Revistas, ilustravam e encadernavam como se fazia à época. Mas para isso utilizavam restos ou aparas de papéis.


Os livros foram escritos entre 1829 e 1830. Os nove volumes escritos, ilustrados e encadernados pelos irmãos Brontë são:

Charlotte Brontë:
Scenes on the great bridge, November 1829

The silver cup: a tale, October 1829

Blackwoods young mens magazine, August 1829
An interesting passage in the lives of some eminent personages of the present age, June 1830
The poetaster: a drama in two volumes, July 1830
The adventures of Mon. Edouard de Crack, February 1830

Patrick Branwell Brontë:

Branwells Blackwoods magazine, June 1829

Magazine, January 1829

Branwells Blackwoods magazine, July 1829


Fotos: Stephanie Mitchell/Harvard Staff Photographer
Fonte: http://news.harvard.edu

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