Das possibilidades do papel

Criar é esculhambar. Esse é o subtítulo do livro Destrua este Diário, de Keri Smith. A publicação foi feita para ser detonada, literalmente. Na primeira página, um aviso diz que "você pode começar a ver destruição criativa em tudo" e na sequência, cada página contém instruções como "Arranque fora. Amasse".
Destruir deliberadamente um livro é desconfortável no início. Mas na única página com texto, a autora diz ter "a esperança de que isso simule um livro que está gravado em sua memória, um livro de infância em que você escrevia em segredo com seus gizes de cera e que talvez tenha levado uma bronca por aquilo".
Impresso em papel Pólen bold 90g no miolo e em Cartão Supremo 250g na capa, o livro tem 224 páginas (descobri na ficha catalográfica, porque as páginas não são numeradas de propósito). Custa R$ 21,60.


P.S: escrevi esse texto num Ipad, que nem em sonho será tão gostosamente manipulado como Destrua este Diário.
Inteiro, no início. Tinta, tesoura, faca, lápis, barbante. A lista de apetrechos que podem ser usados na destruição é grande.
Já bastante arruinado, depois de duas horas de "esculhambação criativa".

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